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    Aqui vou compartilhar tudo que me faz sentir, me faz sorrir, me faz pensar
    e me faz escrever, através das minhas crônicas. Espero que gostem, e só
    fará sentido para mim se fizer sentir em vocês.

domingo, 13 de agosto de 2017

Sobre aprender a ser filho antes de nos tornarmos pais



Esta semana  assisti o filme sobre a vida do Steve Jobs, e de tudo que vi, o que mais me impressionou, foi o quanto a base que ele teve influenciou na pessoa que ele se tornou, foi adotado e devolvido, cresceu um homem aparentemente frio, mas que  na verdade colocava sentimento em tudo que fazia e criava, aprendeu a ser rejeitado e acabou  rejeitando a filha mesmo a amando. Não deixou de ser brilhante por isso, necessitava provar ao mundo que não precisava de ninguém para ser quem se tornou, de todo ruim não foi, buscou determinação dentro da adversidade, nem sempre foi compreendido, mas seguiu mesmo assim, com os traumas no bolso e com intensidade em tudo que colocava a mão. Tudo que nos tornamos está ligado ao que recebemos na nossa infância, muitos de nós passaram, passam ou passarão por isso, mas ao invés de carregarmos esse fardo, essa angústia e essa dor, deixemos a eles, deixemos aos pais que optaram em não serem pais. Ao invés de nos privarmos de amar, façamos ao contrário, vamos dar muito amor para superar, ao invés de tentar mudá-los, mudemos nós, não levando isso para cada relação ou relacionamento. Será que eles tiveram mais do que nos deram? Muito provável que não, damos aquilo que recebemos, e para que nossos filhos não repitam essa matriz por séculos, façamos diferente. Podemos construir homens e mulheres, pais e mães melhores do que somos e melhores do que tivemos, podemos sim dar mais do que recebemos. Sei que é difícil estender a mão com o medo da não retribuição, se a pessoa que mais nos ama pode nos rejeitar de alguma forma,  por que outros não o fariam? Posso dizer por experiência própria, a melhor maneira de se livrar disso é não carregando isso, é não transferindo isso para o seu filho, seu namorado, seus amigos, é não depender apenas desse amor para viver. Apesar de tudo, nos tornamos fortalezas, nos desenvolvemos nos ambientes mais hostis, já não esperamos muito de ninguém, mas esperamos muito de nós mesmos, poderíamos ser assim sem ter tido o sentimento de rejeição de qualquer espécie, mas isso prova que nascemos para superar e não para estagnar a cada decepção. Nascemos filhos e muito provavelmente a maioria de nós tornaram-se ou tornarão-se pais, mas antes disso, sejamos pessoas leves e livres do que "não tivemos”, para que em toda relação que passemos a construir, possamos dar muito mais do que “apenas" aquilo que recebemos! 

Escrita dia 13/08/2017  às 11hs de um chuvoso e reflexivo dia dos Pais.

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