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    Aqui vou compartilhar tudo que me faz sentir, me faz sorrir, me faz pensar
    e me faz escrever, através das minhas crônicas. Espero que gostem, e só
    fará sentido para mim se fizer sentir em vocês.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Vidas privilegiadas


Suspirei umas 5 vezes antes de começar a escrever, porque realmente existem assuntos que me tiram o fôlego, como a ganância, o exagero no ter, o descaso para manter e o impiedoso egoísmo para compartilhar. Ouvi a seguinte frase no filme Lion "Nós pairamos em nossas vidas privilegiadas" e é exatamente o que fazemos, quando não fazemos o mal, mas também não praticamos o bem, é exatamente o que fazemos quando damos aos nossos filhos muito mais do que precisam, até o ponto de não valorizarem, é exatamente o que fazemos quando fechamos as janelas, as portas, os braços e os sorrisos para o outro e apenas pairamos na nossa altivez. Fechamos os olhos para a fome na África, fechamos os olhos para todas as guerras no mundo, fechamos os olhos para corrupção enquanto somos favorecidos de alguma forma, fechamos os olhos porque enquanto nada disso atingir nossas vidas e nossas famílias, sentiremos medo, sentiremos pena, sentiremos raiva, mas não nos moveremos para que seja diferente. Pairamos de fato em  nossas vidas privilegiadas, por mais que elas sejam simples, nos enroscamos com o nosso egoísmos que só abre os olhos para nós mesmos, nos esforçamos diariamente para o "ter", mas quase nada para o "ser", não que possamos mudar o mundo, mas podemos mudar dentro de nós, podemos fazer a nossa pequena parte, mesmo que seja um grão de areia no deserto. Que tenhamos o necessário, mas que não sejamos exagerados, que não sejamos apenas o necessário, que exageremos! 










Escrita dia 13/03/2016 às 23hs.

terça-feira, 7 de março de 2017

As dores que doem mais


Existem dores e dores, mas existem as dores que doem mais, aquelas que partem nossos corações, aquelas que  dilaceram com as alegrias do dia. As dores que doem mais não são aquelas que podemos estancar. Quebrar o braço dói, mas dá para engessar, cortar o dedo dói, mas é possível atar para fazer parar de sangrar, apanhar dói, mas alivia revidar, perder alguém dói, mas o tempo há de curar e apenas a saudade irá pairar, os finais doem, mas existem recomeços para acalmar. As dores que doem mais não são as nossas, são as dores dos outros, as dores de quem amamos, as dores que não tocam nossas faces, nossa pele, mas machucam nossos corações. Essas dores doem mais, mesmo que não sangrem, mesmo que não levem pontos, mesmo que não necessitem de tempo, doem mais porque doem nas pessoas que amamos, mas a empatia de sentir, de tentar tangir, de se apoderar dar dor do outro, com intuito de amenizar, nem sempre é curadora, mas equilibra os sentimentos, porque ao invés de multiplicar é divisora. Essas dores sempre doem mais, simplesmente porque amamos, porque muitas vezes preferimos sofrer no lugar, mesmo sem poder, porque acreditamos que somos mais fortes, mais recuperáveis, menos vulneráveis, acreditamos que a dor pode ser menor em nós quando o amor é maior pelo outro.

Escrita dia 05/02/2016 `as 22hs
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