Entre todas as interrogações que acendem em nossos pensamentos, entre todas as incertezas, entre o aflitivo frio temeroso que nos barra a cada estímulo e a vontade de pegar e não soltar mais, ecoa um silêncio, um silêncio repleto de hiato que surpreende e que instiga dizendo nada, mas falando tudo. Silenciosamente os olhos fogem ao encontro do olhar, mas se pegam estagnados e vidrados no que veem, os lábios se contraem e a boca saliva, as mãos desobedecem todos os estímulos e esforços da razão, que tensa, tenta advertir mas perde esse paredão. Em um instante, praticamente milésimos de segundos que parecem durar um infinito, surge a lembrança das perguntas, aquelas inúmeras lá do início, onde estão? Elas somem com todas essas respostas, que perguntas fazem sentido diante de todo esse sentir? Nenhuma, perdem a importância, porque os instintos são fiéis, todas as outras possíveis respostas podem deixar dúvidas, pois desejar é o ato mais honesto e menos premeditado que nos acompanha. Nossas certezas de fato, as vezes são traidoras, mas nossos desejos, jamais.
Escrita 09/07/15 às 23h54.
3 comentários:
O desejo é o perfeito ensejo.
GK
Seu blog é perfeito!! Parabéns! Beijos. Henrique (aquele que vendeu um livro pra você sobre a Psicologia)
Henrique
Que legal que veio me visitar, adorei as dicas de livros, e to adorando aquele. Obrigada por me prestigiar.
Beijos
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