Alguns dias pensando sobre re-co-me-çar, lembrei-me que já escrevi sobre isso em "De mãos dadas com o fim mas de braços abertos para o recomeço", mas é Incrível como este assunto sempre gera mais assunto, vemos todo o tempo "Play Again" jogar novamente, o que é bem melhor do que "Game Over", fim do jogo, e se o recomeço nos assombra nos jogos, imagina na vida. Recomeçar é um verbo que a maioria de nós não gosta e não quer conjugar, muito provavelmente para grande maioria, recomeçar significa que perdemos, mudamos o deixamos algo, significa que precisamos passar novamente algumas fases. Pensando e repensando sobre como enxergar o lado bom, preferi dar um sinônimo mais justo ao "recomeçar", usando o verbo viver. Viver é cíclico, e todo ciclo acaba para que um novo inicie, ou para que reinicie. A grande angústia de recomeçar está no fato de querermos sempre partir de onde paramos, porém isso não é recomeçar é seguir e a parte boa, é que o caminho muitas vezes já é familiar. Todas as nossas construções emocionais passam por recomeços, assim como nossas construções profissionais e materiais. Construímos uma casa, moramos nela por anos, até que inventamos uma reforma e recomeçamos. Vivemos mais um pouco nela reconstruída, até que nos mudamos e recomeçamos em outra casa, em outro bairro e as vezes em outra cidade ou país. A grande sacada não é o que deixamos a cada recomeço, mas o que levamos dele. Acredito que aquilo que escolhemos que fique conosco em todos os recomeços, em todos os ciclos que estão por vir seja aquilo que transformamos em incentivo, podemos de forma justa nomear isso como esperança, pois ela é iluminada, inspiradora e comovente, mas além da esperança temos que levar a nossa amiga, a resiliência. E re.si.li.ên.cia é: 1 Ato de retorno; elasticidade. 2 Ato de recuar.
3 Poder de recuperação. 4 Trabalho necessário para deformar um corpo até seu limite elástico. Para que sejamos resilientes precisamos levar conosco essa capacidade de ir e voltar, essa elasticidade de chegar no limite e recomeçar do zero, do um, do dois ou do três mesmo que já estivéssemos nos dez.
Escrita dia 20/06/2015 a 0h50, com barulho da chuva, que amo, e que nos presenteia com tal persistência de recomeçar!
1 comentários:
Nada é permanente, exceto a mudança.
GK
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