quinta-feira, 18 de junho de 2015
Se a vida fosse matemática
Pensando em “histórias”, “literaturas”, “gramáticas e dramáticas ciências” que envolvem a vida, concluo que se a vida fosse matemática, a física resolveria a química. Todo mundo já amou ou odiou a tão famosa fórmula de Bhaskara, essa fórmula permite resolver “qualquer problema”, desde que envolva equações quadráticas, mas o que isso significa nas equações de todos os graus da vida? Nada, porque não somos “x”, nem “a”, “b” ou “c”, e muito menos tudo isso ao quadrado. Na geometria, se nossos ângulos formassem um triângulo, ele não seria retângulo, porque quase nunca formamos um ângulo reto, ele seria no máximo amoroso e a soma dos lados nunca chegariam a lugar nenhum. Se fôssemos um gráfico formado por eixos xy, talvez formássemos côncavos ou vértices, mas jamais retas, não somos sempre contínuos nem lineares, gostamos das curvas. Na matemática da vida, 1 + 1 nem sempre é 2, as equações nem sempre têm um = depois de muitos cálculos e nossas certezas estão sempre rodeadas por dúvidas. Baseada nisso ouso dizer que não são nossas respostas que nos dão a direção e sim nossas perguntas. A vida é literalmente semântica, a semântica estuda o significado usado pelos seres humanos para se expressar através da linguagem. Quem nunca leu a seguinte frase? “ O que o autor quis dizer no parágrafo tal? Todos já lemos e poucos de nós sabemos. Escrevemos diariamente os parágrafos de nossas vidas, há quem nos interprete e há quem nunca nos desvende, somos os autores da nossa existência, somos autores das frases que vivemos, somos donos da exclamação, da interrogação e das adoráveis reticências, por tanto, não permita-se a uma vida entre aspas, coloque você as vírgulas necessárias para encarar cada ponto final ou início de uma nova história.
Escrita dia 18/06/2015 às 2h13
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