Quando tudo se torna saudade e você precisa deixar o outro ir, mas não consegue fazer isso sem deixar que algo se quebre. Por que temos que deixar o ouro ir? Porque sim, porque muitas vezes somos nós a partir, somos nós que embarcamos em uma nova aventura amorosa, profissional ou radical, outras vezes somos nós os "abandonados", somos nós que estamos no mesmo lugar, com as mesmas perspectivas, no mesmo trabalho, na mesma casa e mesmo remendados com alguns pedaços, não estamos nem abertos, nem fechados, apenas um pouco quebrados. Com o passar do tempo a ausência se torna tão presente que preenche, as vezes transbordamos de questionamentos, outras de saudade, algumas vezes de dor e outras, será que era mesmo amor? Cheios de perguntas, mas ainda sem respostas isso tudo vai tornando-se familiar, comum, vai entrando na rotina até que um dia deixa de fazer falta. A ausência, que preenchia a falta que tudo fazia, despede-se e evapora, os pedaços regeneram-se e a gente segue em reforma, presente, mas apenas na vida da gente!